Já escrevi antesque o amor
é óbvio, masjánãome parece tãoóbvioassim e construo uma teianovamente, nãovinda do mesmovento, mas
de outrolado, de outroventre, é o sopro
da saudadequequeima e nutre a cadadia uma ponta
de ausênciaquenãoquercessar
de doer, jánão procuro mais
retirá-la, elameioque se instalou e mudou de vez pra minhaalmaassimcomoquem invade, sempermissão, semanunciação, semnada, só
ficando. Jánãome dou ao luxo
de perguntarporque, jánão posso, baixo
o olhar e me
vem as tábuasfrias da suasala de sonho,
que de duras não
tinham nada, eram amolecidas de todocomo o teucoraçãoenxuto, que
carrega tudotãoemperfeitoequilíbrioqueaté parece mentira
se tratar de gentehumana. Uma ponta
de serenidade e inquietude,
na mesmaproporção, guardados para
o usoemmomentooportuno. Como podia você sabertãobemquandolançarmão de cadaumassimtãonaturalmente, comomãe sabe o que
significa cadachoro do filho?Comopodia você saberdistinguirquando uma gargalhada
escondia angústiaouerasógargalhadamesmo?
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