sábado, 19 de novembro de 2011

Flora visional


Estar entre os pares como em disparate, emaparedada, de frente para o perigo mais que iminente- se é com e ou com i um tanto incerto se parece, pouco importa, o perigo está sempre no alto – no entanto sei que de longe a gente sempre direito, de perto a visão embaça, a vista traça o encosto, o enrosco, o gesto e há quem se perca em vertigens alucinatórias torturantes ataduras coruscantes ou vinhos rascantes. Nãobandeids de calcanhar no dois pra dois pra . Visão muito nítida entorta-me a veia cava do meu peito: singular para prevenir o estresse; singulair para prevenir a falta de ar; sing with us para prevenir a gagueira. Na farmácia de tudo um pouco se encontra para quem pouco quer- parece-me pouco suficientemas é demais, como um louco devaneio senil hostil febril ou azul anil. As rimas nunca foram necessárias  mas elas vêm assim mesmo, permito-me ser in-vadia-dida pernóstica visão esta minha que doura a pílula úmida na ponta da língua marca o dia da semana certo e o fura com a unha procurando evitar a vida que não chama, simplesmente vem eu disse que não queria ver tanto mas vejo e daí? A sorte mente, dá uma de Deus procurando resolver o que nem é da sua conta, mostra o que nem pedi para ver mas falta remoto controle desta imagem que se projeta no cristalino das idéias turvas. Mente. Muito mais quando os vultos, os embaçamentos da flora visional eram o foco. a sombra do lustre tilintando alimentava meu parco porco circo dos horrores. Tarde. não me adianta mais tirar os óculos.

2 comentários:

João Ximenes disse...

É louco, variável, perdido eu me perco entre tudo e vou entrando nessas tão belas e tão inebriantes palavras, e é maravilhoso o caminho sem pontos, quase sem vírgulas ou interrogações que o teu texto me dá! é de enlouquecer e vou correndo, derrapando porque eu não quero ir nem ler ou viver devagar, eu com estes teu trecho vou rápido sem pensar e quase perto de voar de um penhasco, eu me assusto com a realidade mais com que os sonhos dos teus textos.
Beijos e obrigado pela cordialidade desta aventura alucinante.

João Ximenes

Fabiana Esteves disse...

Amigo João,
Por que escolhemos sempre o caminho sem pontos e de tão poucas vírgulas? Em busca de mais perguntas eu suprimo as interrogações para chegar mais perto de pessoas como você! Obrigada pelo carinhoso comentário! Beijos.